Com o tema “Fanfarras nas Escolas”, a Assembleia Legislativa da Bahia debateu, nesta quinta-feira (21), em audiência pública híbrida presidida pelo deputado estadual Robinson Almeida (PT), iniciativas e políticas públicas que fortaleçam esses grupos musicais, responsáveis por ajudar no desenvolvimento pedagógico e artistico de jovens baianos. A atividade foi realizada na sala da Comissão de Educação e Cultura. Na Bahia, a estimativa, é que 375 bandas de fanfarras, sendo 270 presentes em escolas públicas.Em setembro, o Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, lançou o projeto “Fanfarra segura”, que visa fortalecer a arte musical no currículo escolar e reconhece a importância das fanfarras escolares para a formação da juventude baiana. A iniciativa também contou com participação do deputado Robinson Almeida.O parlamentar destacou a importância histórica das fanfarras na formação de jovens baianos e inserção dos estudantes no mundo artístico e cultural. De acordo com ele, as bandas de Fanfarras estão integradas ao ambiente de aprendizagem e de incentivo ao protagonismo estudantil. Na audiência, Almeida recordou que, quando estudante do Colégio Estadual Luiz Viana, em Santo Antônio de Jesus, também participou da banda de fanfarra da unidade.”A audiência foi promovida com o intuito de avançar na construção de uma política pública de governo para bandas e Fanfarras de forma integrada. O segmento tem uma importância enorme para a promoção cultural, prevenção social, para a educação e a formação dos jovens e adolescentes. Por isso não mediremos esforços no incentivo da categoria”, afirmou Robinson.O coordenador de projetos estratégicos da Secretaria de Educação, Marcius Gomes, destacou a importância da fanfarra nas escolas como instrumento de proteção social. “Estamos há dois anos construindo agenda positiva para as Fanfarras, trabalhando pra fortalecer as políticas para as bandas e fanfarras musicais da Bahia.As Fanfarras tem um papel importante, de contribuir, através da arte e da música, com a parte pedagógica e fazer com que os alunos permaneçam na unidade escolar”, ponderou.O deputado federal Zé Neto (PT) elogiou a realização da audiência pública. “As Fanfarras são muito eficientes para nossos jovens. Muitos tomam gosto e saem músicos, é extremamente importante a discussão e o incentivo à categoria”, disse.Da Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras, Raimunda Santana ponderou a necessidade de contratação de regentes, que hoje trabalham de forma voluntária. “Agora que estamos retornando as nossas aulas de forma presencial é importante também as bandas e fanfarras serem olhadas, apesar da secretaria de educação já liberar recurso pra que se tenha manutenção dos instrumentos e aquisição de materiais de higiene, mas precisamos avançar um pouco mais. Hoje a gente vem discutindo a necessidade de contratação de regentes, que estão há anos sendo voluntários. No primeiro momento, desejamos a contratação de 100 regentes e depois a gente ir avançando”, afirmou.
Encaminhamentos
Entre os encaminhamentos e sugestões da audiência, foram apresentadas a necessidade de editais especificos para as Bandas de Fanfarras; a construção de um evento, no início de 2022, envolvendo as bandas e fanfarras musicais; a contratação, inicialmente, de 100 regentes e, posteriormente, mais 170, para que haja continuidade do trabalho de coordenação artística. Além disso, que a Secretaria de Educacao levante dados sobre a presença e situação da bandas e Fanfarras nos municípios; realize cadastro e formulação de editais específicos para as bandas e fanfarras musicais. Também participaram da audiência, além da representação da Secretaria de Educação, representantes das Secretarias de Cultura e da de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Ricardo Rosa, coordenador de música da Fundação Cultural do Estado da Bahia, Jerry Louis, presidente da Associação de Bandas e Fanfarras da Bahia (AFAB), Luiz Carlos Silva, presidente do Liga Cultural de Bandas e Fanfarras da Bahia (LICBAMBA), Luiz Fernando, presidente da Associação Cultural de Bandas, Fanfarras e Filarmônicas (ACBF), professora Fátima Freire, representante da Fórum Estadual de Educação da Bahia (FEEBA), professor Simon Vasconcelos, presidente da FUBE, entre outros.