A 16ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, criada em 2004 pelo presidente do Lula, foi celebrada pela primeira vez, nesta quinta-feira (24), na Assembleia Legislativa com uma Sessão Especial proposta pelo deputado Robinson Almeida (PT). O evento teve como tema “Bioeconomia: diversidade e riqueza para o desenvolvimento sustentável”. Na solenidade, o parlamentar criticou o desmonte e “ataques” promovidos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à Ciência e às Universidades no país e destacou que, na Bahia, foi no governo Jaques Wagner que a ciência, inovação e tecnologia passaram a ser tratadas como estratégicas para o desenvolvimento do estado, consolidadas na gestão do governador Rui Costa.
“Nenhuma nação consegue se desenvolver, incluir sócio e economicamente seu povo sem investimentos na área de ciência e tecnologia e esse é o desafio que essa semana vem colocar pra pauta do país, da urgência da retomada dos investimentos e da recuperação do setor porque, infelizmente, o governo Bolsonaro tem colocado a educação, a ciência e a tecnologia como matérias de segunda classe na economia brasileira”, refletiu Robinson, ao destacar como experiências positivas da política estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação o Parque Tecnológico, a rede cidadania, as cadeias produtivas, as conferências macro territoriais e os espaços colaborar. Ele também ratificou o compromisso com a Aprovação do Marco Legal da CT&I e a regulamentação da legislação sobre o tema, a Lei estadual de fundações de apoio e a nova Lei de inovação da Bahia.
“Estamos aqui para resistir, porque na Bahia o governador Rui Costa mantém os investimentos na Fapesb que é o órgão estimulador aqui do estado da ciência e tecnologia e a secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado também tem compromisso na manutenção dos investimentos e na sua linha de atuação”, enfatizou o deputado, que valorizou a importância da ciência na identificação das causas e consequências do crime ambiental causado pelo derramamento de petróleo na costa brasileira.
A Bahia, de acordo com a secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro, anda na contra mão do cenário nacional, estimulando e promovendo investimentos na temática. Ela cita, por exemplo, as Conferências Macroterritoriais de Ciência, Tecnologia e Inovação, que acontecem em onze cidades baianas, e são preparatórias para a Conferência Estadual, em dezembro. “Esse ano essa celebração se reveste de preocupações em razão da retirada dos investimentos federal para muitas das ações que são importantes e valorosas para o desenvolvimento da ciência e tecnologia em nosso país. Através da Secti e da Fapesb, no entanto, estamos atuando e financiando diversos eventos ao longo do ano para celebrar e desenvolver a ciência e tecnologia no nosso estado, com, por exemplo, a realização das conferências macro territoriais”, ilustrou. “É importante que a sociedade se aproprie dessa discussão e faça a defesa dos entes e das responsabilidades que tem o poder público de apoiar o desenvolvimento dessas políticas públicas”, pontuou a secretária.
O evento contou com a participação do ecossistema de inovação, composto pelo poder público, entidades, instituições, empresas do setor e representantes de universidades, entre outros.