O deputado estadual Robinson Almeida (PT/BA) criticou decisão do governo Bolsonaro de conceder apenas 3% das novas concessões do programa Bolsa Família para o Nordeste, enquanto o Sul e Sudeste ficaram com 75% dos novos benefícios. Das 100 mil novas contemplações, o nordeste recebeu 3.035 novos benefícios, enquanto o Sudeste recebeu 45,7 mil, o Sul 29,3 mil, o Centro-Oeste 15 mil e o Norte 6,6 mil. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo jornal Estadão. Para o parlamentar baiano, Bolsonaro age com desumanidade e vingança por ter sido derrotado nas últimas eleições na região. Os 9 governadores nordestinos são de oposição ao governo federal. O Nordeste concentra 36,8% das famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, uma população, nessa faixa, estimada em mais de 3.758,4 milhões de pessoas.
“Bolsonaro é desumano, segregador e vingativo. Age com perversidade e revela, mais uma vez, não ter compostura para ocupar o principal cargo da República do nosso país. Em mais de um ano de desgoverno só fez perseguir o nordeste porque foi derrotado em nossa região. É importante que o Congresso Nacional cobre uma explicação para esse fato inadmissível, que agrava a desigualdade e os problemas sociais em nossa região”, afirmou Robinson.
Reportagem do Estadão revela, ainda, que o Estado de Santa Catarina, governada por Carlos Moisés (PSL), aliado de Bolsonaro, recebeu o dobro do que foi repassado ao Nordeste, mesmo tendo uma população oito vezes menor. “Está claro que é uma retaliação política, mais uma, de Bolsonaro contra o Nordeste. E isso precisa ser combatido, uma vez que nossa região é a mais pobre do Brasil justamente porque governos, antes de Lula e Dilma, deram as costas para o nordeste. Só que com Bolsonaro isso tem sido pior e ele precisa ser cobrado pelo Congresso e pela sociedade brasileira”, declarou o petista.