Como Bolsonaro, o DEM é contra o auxílio de R$ 600 para os mais pobres e a favor das privatizações que fragilizam a soberania brasileira e encarecem vida no Brasil, destaca Robinson
O deputado estadual Robinson Almeida (PT /BA) ironizou a agenda do prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), em Brasília, nesta quarta-feira (2), com o presidente Jair Bolsonaro. O petista sugeriu que o encontro teve aval do presidente do DEM, ACM Neto, e que o trio “está irmanado no projeto que prejudica e faz mal ao Brasil”. O gestor da capital baiana cumpriu extensa agenda na Esplanada dos Ministérios na companhia do Ministro da Cidadania, João Roma, deputado licenciado, amigo e ex-chefe de gabinete de ACM Neto. No início do ano o presidente do DEM ensaiou um suposto rompimento com Roma, por ele ter aceito ser ministro na administração federal. Na Bahia, contudo, o fato foi considerado jogo de cena para evitar a associação direta da imagem de ACM Neto com Bolsonaro e neutralizar eventual desgaste eleitoral, em 2022, uma vez que a rejeição ao presidente na Bahia é uma das maiores entre os estados brasileiros e o democrata é pré-candidato ao governo baiano. Robinson Almeida lembra que no governo federal o DEM comanda o Ministério da Agricultura e a Secretaria Geral da Presidência da República, que tem status de ministério, além de ocupar centenas de cargos no segundo e terceiro escalão. No estado, a tropa de choque de Bolsonaro é codirigida pelo presidente estadual do DEM, o deputado federal Paulo Azi, que foi vice-líder do governo federal e é um dos principais articuladores de Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
“O DEM, e ACM Neto, presidente do partido, sempre foram e sempre estiveram com Bolsonaro. É da sigla (um baiano) o vice líder do desgoverno. O partido tem ministérios e cargos de 2⁰ e 3⁰ escalão. Nunca houve rompimento. Teve baratino (mentira)”, cutucou Robinson, em publicação no microblog Twitter. “O DEM, portanto, está irmanado com Bolsonaro e contra o Brasil. Ajudam esse projeto de destruição nacional, que impõe o desemprego, nega auxílio de R$ 600 para os mais pobres e agrava o quadro da pandemia no Brasil. O DEM, literalmente, não faz bem, como seu líder Bolsonaro”, ironizou o deputado baiano.
Criticas nas redes sociais
Nas redes sociais em Salvador, a visita do pupilo e sucessor do ex-prefeito ACM Neto ao presidente Jair Bolsonaro repercutiu mal. “Farinha do mesmo saco”, “que decepção”, “morta de vergonha do prefeito de minha cidade está de mãos dadas com um genocida”, “na moral, você não tem vergonha na cara, não”, “nossa cidade está nesse estado calamitoso por causa dele”, era algumas das críticas publicadas por internautas. Bruno Reis, por sua vez, disse que foi no Palácio do Planalto buscar apoio do presidente da República para o empréstimo de $ 125 milhões que a prefeitura de Salvador quer contratar com o Banco Mundial.