Em indicação oficializada junto à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Robinson Almeida (PT) sugeriu ao Ministro da Saúde que inclua os trabalhadores da educação, dos sistemas de transporte coletivo de passageiros e os policiais civis e militares no grupo prioritário do plano nacional de vacinação.
No documento, o parlamentar detalha quem deve tomar a vacina com urgência em cada categoria profissional: os professores, coordenadores, merendeiras, vigilantes e todos os que desempenham atividades administrativas e serviços gerais no âmbito das escolas públicas e privadas; motoristas e cobradores de transporte coletivo e demais profissionais que atuam na área da segurança, como bombeiros e guarda civis.
No entendimento do Robinson, manifestado ao ministro, o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus “exige do poder público”, nas diferentes esferas, “medidas enérgicas e efetivas” a fim de evitar a disseminação da doença, “que já tomou proporções desastrosas no país”. A vacinação, prosseguiu o petista, “se destaca como providência das mais relevantes, porquanto somente a imunização dos cidadãos brasileiros” é que permitirá o início de um retorno seguro às atividades normais e regulares.
Até o presente momento, constatou o deputado, “o Brasil não conseguiu fazer avançar o processo de vacinação, sendo incerto o quantitativo de vacinas disponibilizadas” pelo Governo Federal aos estados e municípios.
Segundo o deputado estadual, “experiências vivenciadas por outros países já revelam o resultado positivo de processos de imunização em estágio avançado”, razão pela qual, neste momento, “é importantíssima a soma de esforços” para garantir a vacinação no Brasil.
Ao explicar os pedidos de inclusão desses profissionais como grupos prioritários na vacinação, Robinson Almeida informou que o país não adotou posicionamento uniforme no que diz respeito aos serviços de educação, de forma que alguns estados e municípios terminaram por “promover e permitir” o funcionamento das escolas mesmo sem que ainda tivesse o corpo docente devidamente imunizado. Destacou que o ambiente escolar, “invariável e naturalmente, promove aglomeração de pessoas”, daí a necessidade de priorizar os trabalhadores da educação, “que têm, ou passarão a ter, no desempenho das suas atividades profissionais, contato direto com grande número de pessoas”.
Já o transporte coletivo de passageiros “é atividade essencial”, desempenhada por trabalhadores que têm contato direto e imediato com o público em geral. “Mesmo no transcurso da pandemia, salvo restrições específicas adotadas com a finalidade de impedir a disseminação do vírus”, o serviço de transporte continuou a ser prestado ininterruptamente. Assim, essa categoria profissional “esteve, e continua a estar, mais exposta à contaminação do que outras classes de trabalhadores”.
Quanto aos policiais e profissionais da segurança, o parlamentou afirmou que “milhares” deles “arriscam diariamente as suas vidas”, seja no policiamento ostensivo nas ruas, seja mediante a “realização de investigações, diligências e outras ações que demandam deslocamento contínuo”. Ao longo de toda a pandemia, há mais de um ano, portanto, eles “desempenham diariamente, com esforço e coragem”, atividades profissionais de proteção da população.