O deputado Robinson Almeida (PT) propôs, na Assembleia Legislativa da Bahia, conceder, a título post mortem, a Comenda 2 de Julho a Luiz Milton Lago, o palhaço Chupeta. De acordo com o projeto de resolução, a mais alta honraria do Legislativo baiano será entregue aos familiares do homenageado em sessão especial, em data a ser oportunamente fixada pela Mesa Diretora.
Robinson conta, no documento, que Luiz Milton Lago foi um dos mais tradicionais artistas circenses da Bahia. Nascido no município de Catu, desde criança interessou-me por atividades lúdicas e culturais. Com apenas 14 anos de idade, tornou-se locutor de touradas e, dois anos depois, já se apresentava em performances cômicas e peças teatrais. Àquela época, trabalhava no circo Pinga Fogo e, nele, percorreu praticamente todo o nordeste brasileiro.
“Mestre na arte circense, respeitado e admirado pela classe, fundou, em 1977, o renomado circo Dallas. Esteve sempre preocupado com os desafios e adversidades pelas quais, via de regra, atravessam os artistas amadores e pequenos circos, e envidava esforços no sentido de apresentar soluções às demandas destes”, declarou o petista.
Segundo ele, Luiz Milton Lago notabilizou-se como o palhaço Chupeta e, por mais de 50 anos, alegrou a vida de milhares de brasileiros. “Apresentou-se não apenas na Bahia. Seguiu com a sua lona por diversos estados do Brasil, tendo alcançado o Uruguai”.
Em 2013, Lago foi homenageado com a edição do livro Palhaço Chupeta: Histórias e causos sob a lona do circo Dallas, lançado em Salvador, no dia 4 de junho daquele ano, cuja edição foi contemplada pelo prêmio Funarte/Petrobras, edição de 2011. Também em vida foi premiado no 8o calendário das artes da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).
Luiz Milton Lago faleceu em 20 de abril de 2021, aos 78 anos de idade, vitimado por um infarto. A morte do palhaço comoveu Catu e as cidades circunvizinhas. À época, foi também homenageado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, que emitiu uma nota de pesar.
“Todo este trabalho desenvolvido por Luiz Milton Lago, o palhaço Chupeta, certamente contribuiu para o desenvolvimento cultural do estado, credenciando-o ao recebimento do título honorífico post mortem que ora se propõe”, afirmou Robinson.