Bolsonaro é o responsável por deixar tudo caro e cria cortina de fumaça para manipular opinião pública, afirma Robinson Almeida

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) afirmou, nesta terça-feira (7), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cria uma cortina de fumaça para mascarar os problemas de sua gestão no descontrole no preço dos combustíveis e na inflação no Brasil. O petista criticou a proposta de um subsídio aos estados e municípios e de desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do diesel e do gás de cozinha, apresentada pelo governo federal, e avaliou que a medida não vai mudar a realidade porque o problema original está relacionado à nova política de preço da Petrobrás, a indexação do preço dos combustíveis ao dólar e a privatização das refinarias brasileiras, como a baiana Landulpho Alves.

As informações são do site Bahia Econômica. A medida também é critica por economistas e especialistas em gestão pública, como a professora de Macroeconomia do Instituto de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ), Margarida Gutierrez, que observa viés eleitoral na PEC. Pela proposta do governo federal, a medida valeria apenas até 31 de dezembro, com efeito de curto prazo.

“O alto preço dos combustíveis é causado pelo governo federal e não pelos estados. Mudança da base de cobrança de impostos é tentativa de Bolsonaro mascarar o problema. Não adianta reduzir os impostos com uma mão e com a outra retirar os recursos da educação, saúde e assistência social do povo pra tapar o rombo”, explicou.

“Bolsonaro cria uma cortina de fumaça e tenta desviar o foco do problema central, que é a mudança na política de preço dos combustíveis praticada pela Petrobrás, a indexação do preço dos combustíveis a variação do dólar e o desmonte e a privatização de nossas refinarias para o capital internacional pelo seu governo, como fizeram com a Landulpho Alves, deixando a Bahia com a gasolina mais cara do Brasil”, afirmou o deputado.

Robinson Almeida também enfatizou que o programa econômico do governo Bolsonaro é o responsável pela volta dos fantasmas da fome e da inflação ao Brasil.

“Essa agenda econômica, ultraliberal, de desmonte do patrimônio nacional e de nossa soberania energética, que beneficia e agrada o capital internacional, é o que deixou tudo caro no Brasil. E quem sustenta essa agenda econômica do desemprego e da inflação é Bolsonaro e seus aliados no Congresso Nacional, que tentam transferir para os Estados um problema que é de responsabilidade e foi causado pelo governo federal”, criticou o deputado.