Uma audiência pública, na tarde desta quinta-feira (9), na Assembleia Legislativa da Bahia, debateu os desafios para construção de políticas para o esporte universitário na Bahia, com a participação de representantes de entidades e órgãos do Governo do Estado ligados ao tema. O evento, aprovado em reunião da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público, teve como proponente o deputado Robinson Almeida (PT), integrante do colegiado, que dirigiu os trabalhos remotamente, por ter testado positivo para Covid-19 esta semana.
Ao cumprimentar os membros da mesa e da plateia, o parlamentar explicou que cumpre temporariamente isolamento social, assintomático, para evitar contaminações, e fez um apelo para que, mesmo com o plano vacinal coberto, todos sigam as recomendações e continuem prevenidos. Para o petista, é salutar que esse debate aconteça no momento em que as universidades retomam as atividades presenciais, sobretudo as esportivas, “as mais afetadas durante a pandemia” e destacou a importância de se buscar construir políticas públicas para as práticas esportivas no ambiente universitário, como ferramenta também de inclusão social, de lazer e de saúde.
Na mesa do debate, o deputado federal Zé Neto (PT) citou a transversalidade do esporte na formação cidadã dos jovens ao defender a ocupação dos novos centros poliesportivos construídos pelo Governo do Estado. Segundo o congressista, são 26 núcleos que “podem funcionar permanentemente, como ‘clínicas’, inclusive nos finais de semana”. Na mesma linha, Almeida sugeriu o compartilhamento dos equipamentos destes complexos poliesportivos para a prática de esporte e lazer, muitos com campo de futebol society, quadra de vôlei de areia, pista de salto, vestiário, área de urbanização, academia de saúde e piscina.
Simon Vasconcelos, presidente da Federação Universitária Baiana de Esportes (Fube), disse que a luta da entidade é institucionalizar o esporte universitário através de políticas públicas e orçamento; o dirigente advogou que se deve criar um departamento específico sobre a temática na estrutura da Secretaria estadual de Educação (SEC). Ele lembrou que, após 50 anos, a Bahia sediou os Jogos Universitários Brasileiros 2019 (JUBs), reunindo mais de 2.500 atletas de Instituições de Ensino Superior, públicas e privadas, de 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Antes da fala de Simon, em vídeo exibido na audiência, Luciano Cabral, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), elogiou o evento de 2019.
Segundo Marcius Gomes, coordenador executivo de Programas e Projetos Estratégicos da SEC, o fim do Ministério do Esporte gerou fragilidades ao setor, sobretudo nas políticas de fomento, lamentando ainda os cortes recentes no orçamento das universidades. Já o coordenador de Educação Esportiva da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), Álvaro Gonçalves, citou as parcerias da autarquia com a Fube, a exemplo dos Jogos Universitários de 2019, e com a Universidade Federal da Bahia (Ufba), para implementação de um novo piso sintético emborrachado e construção de vestiários, entre outros equipamentos para a prática de atletismo.
Durante a audiência, foi anunciado que os Jogos Universitários da Bahia (JUBA) 2022 acontecerão, entre os dias 13 e 17 de julho, em Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos, incluindo, entre outras, as modalidades de Basquete, Futsal, Handebol, Vôlei, Tênis de Mesa, Xadrez, Paradesportivo, League Of Legends (LOL). Também fez parte da mesa o presidente Comissão de Esportes da OAB, Sandro Marcello Borges; a gerente de Apoio à Cultura e às Ciências da Uneb, professora Manuela Araújo, representando a reitora da Uneb, Adriana Marmori; e o presidente do Conselho Regional de Educação Física (CREFs) da 13º Região, Rogério Moura.