Deputado repudia declaração “desrespeitosa, segregadora e agressiva” de ministro da Educação contra pessoas com deficiência

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) protocolou, na Assembleia Legislativa da Bahia, uma moção de repúdio ao Ministro da Educação, do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, por declaração “desrespeitosa, agressiva, segregadora e preconceituosa” contra pessoas com deficiência e seus familiares. Na semana passada durante entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, Ribeiro disse que a inclusão de alunos com necessidades especiais “atrapalham” o aprendizado de outras crianças sem a mesma condição.

“A criança com deficiência era colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia. Ela atrapalhava”, afirmou, na entrevista.

Para Robinson, a declaração do ministro de Bolsonaro é mais uma das provas do “descompromisso” da atual gestão do governo federal com a educação inclusiva e transformadora.

“O ministro Milton Ribeiro reverbera a opinião do seu governo e prova que nele não há compromisso com a educação inclusiva e transformadora, que garanta oportunidades iguais, combata as injustiças, as desigualdades e respeite os direitos das pessoas com deficiência. Não podemos nos calar diante da fala agressiva, preconceituosa, desrespeitosa e segregadora do ministro de Bolsonaro, por isso repudio esse posicionamento do desgoverno que representa um grande retrocesso a tudo que conquistamos nos últimos anos para a Educação”, afirmou Robinson.

Segregação do novo PNEE

A declaração do ministro Milton Ribeiro surge no momento em que o Governo Federal planeja implementar uma nova Política Nacional de Educação Especial (PNEE). Pela proposta do governo, haverá separação de estudantes. Crianças com deficiência passarão a estudar em escolas e salas especiais, não mais ficarão juntas a todos os alunos. “Isso é um evidente retrocesso a toda luta e conquistas, de décadas, por inclusão desses estudantes. A sociedade não pode permitir essa segregação que fomenta o preconceito que é inadimissivelmente praticado pelo governo Bolsonaro”, concluiu Robinson.