Estudantes de Águas Claras expõem “bandeiras brasileiras” na ALBA

Com lemas relacionados ao patriotismo e ao pacifismo, ostentados em telas artísticas representando a bandeira brasileira, estudantes do Colégio Estadual Santa Rita de Cássia, em Águas Claras, Salvador, manifestam sua visão crítica e esperançosa do país, em coletiva aberta nesta segunda-feira (16), no espaço cultural da Assembleia Legislativa. Intitulada “O Brasil que temos e o Brasil que queremos”, a mostra é resultado do curso de formação inicial em Teatro do Oprimido, ministrado em 2021 pelo professor, pesquisa[1]dor, ator e diretor teatral, Licko Turle, para os jovens concluintes do curso fundamental da instituição. REPRODUÇÃO Entre as atividades desenvolvidas na oficina foi proposto o exercício de reproduzir, de memória, a bandeira brasileira oficial. Em seguida, houve um debate acerca do lema “Ordem e Progresso” e a sua relação com a realidade atual. A partir desse questionamento, os jovens criaram suas próprias bandeiras, colocando a visão que têm do Brasil de hoje e qual é o país que eles de[1]sejam, enquanto jovens, estudantes e cidadãos.

O objetivo da exposição, segundo a professora e mediadora do curso, Jeane Sanchez, é dar voz e vez ao pensamento dos jovens da comunidade de Águas Claras sobre o Brasil, trazendo a visão deles para a Assembleia Legislativa. “São jovens excluídos, lá na periferia, mas que estão vendo tudo o que está acontecendo no mundo e no país deles. É um grito de alerta, porque o discurso deles, a partir de todo o processo, é uma chamada para a transformação da sua própria realidade”, afirmou. TEATRO DO OPRIMIDO O Teatro do Oprimido é uma técnica criada e desenvolvida desde 1971, pelo diretor e dramaturgo Augusto Boal (1931-2009) em parceria com Licko Turle, com quem funda o Centro de Teatro do Oprimido no Brasil. O TO utiliza técnicas de jogos e exercícios para atores e não atores apresenta a realidade de opressões nas relações humanas e, sobretudo, nas relações sociais, numa perspectiva de transformação sem uso da violência, primando pela transformação da sociedade, no sentido da libertação dos oprimidos, por meio da informação e do conhecimento.