Manifestação pró Bolsonaro foi grande fracasso, uma ‘moquequinha’, avalia Robinson Almeida

Deputado criticou bolsonaristas

Em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, nesta segunda-feira (27), o deputado estadual Robinson Almeida (PT) considerou as manifestações em prol do governo Bolsonaro, realizadas domingo (26) em 156 cidades brasileiras, incluindo a capital baiana, “um grande fracasso”, promovida por uma “moquequinha” e marcada por “muitas contradições”.  

“Foi um fracasso em Salvador, como foi na maioria das cidades, porque é uma manifestação sem povo. Lá não tem gente da periferia, dos bairros populares, ali tem a representação da elite. Por tá perto do mar, por isso talvez a melhor definição pra aquela caminhada, é que foi uma moquequinha, não conseguiu sequer ocupar o Morro do Cristo”, ironizou Robinson, referindo-se a um dos pontos turísticos de Salvador, localizado na orla da Barra.

O parlamentar utilizou o pequeno expediente para dirigir criticas aos bolsonaristas que foram às ruas, em sua opinião, defender o fim da aposentadoria da classe trabalhadora, os cortes na educação pública e “atacar” a democracia brasileira.

“A elite brasileira estava nas ruas para defender seus privilégios e pra acabar com o direito de se aposentar dos pobres, dos trabalhadores rurais”, frisou.  “A pauta desse movimento é eivada de contradições. Primeiro que ninguém viu fachas, nem cartazes, pedindo investigação do mega escândalo envolvendo o filho do presidente, Flávio Bolsonaro, seus assessores e o laranjal no Rio de Janeiro. A esquizofrenia se completa quando uma das bandeiras do movimento é contra o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, do Democratas, que tem como sua principal proposta aprovar a reforma da previdência do governo Bolsonaro. Mas os manifestantes estavam lá (nas ruas) com faixas pedindo fora Rodrigo Maia”, satirizou Robinson Almeida. 

Além de Rodrigo Maia, também foram alvo das manifestações dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro a imprensa, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. “Um claro ataque, esquizofrênico, à democracia”, pontuou o deputado.