O senador Jaques Wagner cobrou, neste sábado (30), definição do Partido dos Trabalhadores em relação a pré-candidatura do partido à prefeitura de Salvador nas eleições de 2020. O ex-governador participou da Plenária de prestação de contas do Mandato do Deputado Estadual Robinson Almeida, realizada no auditório da Assembleia Legislativa. O parlamentar petista é um dos 5 nomes colocados à disposição do partido para disputar a prefeitura da capital baiana em 2020 e foi “ovacionado” candidato por lideranças da capital e do interior do Estado.
“Eu sou suspeito, óbvio que todos os companheiros nosso tem valor, Robinson é um nome jovem. Temos o desafio do ano que vem, não temos coligação proporcional, que acho uma boa medida pra política. Sei que Robinson colocou o nome dele à disposição do partido. Sou da tese de que o Partido tem que ter direito à um candidato próprio. Robinson já conversou comigo sobre o lançamento da pré-candidatura, e eu disse a ele que a primeira coisa que a gente tem que fazer é que quem tem 5 candidatos não tem nenhum. Já estamos em dezembro, se demorar vamos fazer que nem em 2016, demorou, quando resolveu lançar Alice, em cima da hora, não deu pra organizar a campanha e o baixinho ficou achando que era retado”, refletiu o ex-governador, em referência ao resultado das eleições de 2016. No evento, em que lideranças apontavam o nome de Robinson como de renovação, Wagner disse que irá ajudar na construção de uma candidatura própria do partido junto com o governador Rui Costa e os presidentes dos diretórios municipal e estadual do partido, Ademário Costa e Éden Valadares para derrotar o grupo liderado por ACM Neto.
Entre as lideranças que defenderam o nome do deputado estadual como candidato do PT nas eleicoes majoritárias de 2020 na capital baiana, estão os deputados federais Afonso Florence e Zé Neto, os prefeitos de Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Antônio Cardoso, respectivamente, Orladinho Pereira, Guito e Toinho, além do ex-prefeito de Nova Fátima, Manoelzinho. A tese também foi defendida por lideranças de bairros populares da capital, como o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Tiago Ferreira, de movimentos sociais, como de catadores de materiais recicláveis, de entidades sindicais e representantes dos agentes comunitários de saúde.
“Robinson é uma liderança política que antes mesmo de ser parlamentar já tinha uma potência de formulação de programa. Ele é portador de uma capacidade de construir dialogando, com a sociedade civil organizada, um programa de uma Salvador includente, generosa com seu povo, provendo políticas públicas de acessibilidade, de acesso à água, de saneamento, da qualidade da escola pública, da qualidade da atenção básica na saúde, sobre emprego e renda. Ninguém no PT, ainda mais fora, traz essa capacidade que o deputado Robinson tem. Por isso eu tenho convicção de que quando o debate for instalado, com o apoio social por ser oriundo das lutas sociais, essa candidatura vai ganhar corpo, vai ganhar dentro do PT e vai ganhar em Salvador”, afirmou o deputado federal Afonso Florense, para quem a definição oficial do partido deve ocorrer até março de 2020. “No início do ano que vem haverá registros, haverá debates e aglutinação de pré-candidaturas, acho que não deverá ter prévias, mas temos um tempo aí até convenção partidária, estamos falando aí do primeiro semestre, meio do primeiro semestre de 2020”, concluiu.