Deputado Robinson Almeida defende reativação do Estaleiro Enseada e anuncia visita de comitiva à Maragogipe para debater tema

O líder da Federação PT, PC Do B e PV na Assembleia Legislativa, deputado Robinson Almeida, defendeu, na sessão plenária desta quarta-feira (16/08/2023), a revitalização do Estaleiro Enseada Indústria Naval (anteriormente denominado Estaleiro Enseada do Paraguaçu EEPSA) pelo governo do presidente Lula (PT), no Recôncavo da Bahia, como medida estratégica para reativação da indústria naval brasileira e para a geração de emprego e distribuição de renda na região de Maragogipe.

O parlamentar anunciou a visita de uma comitiva do governo federal e de representantes da Petrobras, liderada pelo deputado federal Jorge Solla (PT), em Maragogipe na próxima sexta-feira (18), às 9h, para discutir o assunto com a comunidade local. Mais cedo, em entrevista a um canal oficial do governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou que o estaleiro Paraguaçu será reativado com o novo PAC, anunciado pelo presidente Lula na última sexta-feira (11), como parte da estratégia de retomar a indústria naval no Brasil com a construção de embarcações e navios para a produção de petróleo.

“É um equipamento importante pra gerar empregos na Bahia e para o Brasil, empregos para nova juventude que mora em Cruz das Almas, Santo Antônio de Jesus, Saubara, Santo Amaro, no Recôncavo, que ficaram sem esses postos de trabalho devido à irresponsabilidade dos governos anteriores de Michel Temer e do inelegível, que desmobilizaram a estrutura que ativaria a indústria naval no Brasil e atuaram pela privatização da Petrobras”, criticou Robinson Almeida.

“Nessa sexta-feira, a partir das 9 horas, estaremos em Maragogipe com uma comitiva do governo federal, da Petrobras, liderada pelo deputado federal Jorge Solla, para discutir a reativação daquela estrutura e trabalhar pelo desenvolvimento do recôncavo e pela geração de empregos para os baianos”, destacou o parlamentar do PT.

Projetado para iniciar a fabricação de navios-sonda para a Petrobras o Estaleiro Enseada Indústria Naval (anteriormente denominado Estaleiro Enseada do Paraguaçu EEPSA) foi criado através do consórcio Odebrecht, Kawasaki, OAS e UTC, passou a enfrentar uma crise desde 2014 após três das empresas — exceto a japonesa— serem denunciadas na Operação Lava Jato, ao lado da Sete Brasil.

A crise e depois a decisão dos governos dos presidentes Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2022) paralisaram o estaleiro, levando a extinção de 7.462 empregos diretos. Além de navios-sonda, o equipamento também foi projetado para atuar na construção de plataformas, manutenção, reparos e consertos. Na época em que foi projetada, o início das obras alimentara grandes expectativas de desenvolvimento para os municípios de Maragogipe, Saubara, Salinas da Margarida, São Félix e Cachoeira.

“O presidente Lula defendeu, no seu primeiro mandato, a partir de 2003, a decisão de defender o povo brasileiro, de colocar a Petrobras para comprar os navios e sondas aqui no Brasil, o que foi seguido pela presidenta Dilma, que montou um parque industrial naval, um dos mais respeitados do mundo, mas infelizmente depois do golpe de 2016, Michel Temer e o inelegível, na sequência, desmontaram a indústria naval porque queriam privatizar a Petrobras. Os mais de 6 mil empregos gerados no Recôncavo, depois dessa medida irresponsável, sumiram em poucos anos, deixando só o rastro de desigualdade e violência nas cidades prejudicadas”, contextualizou Robinson Almeida, na reunião com os deputados. “Agora chegou a hora de unirmos forças para reativar esse importante equipamento para o desenvolvimento da Bahia e do Brasil”, concluiu.