Homenagem póstuma ao pastor Djalma Rosa Torres ocorre na ALBA; Iniciativa do deputado Robinson Almeida concede Comenda 2 de Julho ao líder religioso

A memória e o legado do pastor Djalma Rosa Torres, que por mais de 30 anos foi líder da Igreja Batista Nazareth, na Bahia, e uma das mais importantes lideranças religiosa do Estado, serão reverenciados pela Assembleia Legislativa em Sessão Especial de entrega da Comenda 2 de Julho aos seus familiares, nesta quinta-feira (26) , às 15 horas, em solenidade proposta pelo deputado estadual Robinson Almeida (PT).

O líder religioso morreu em maio de 2020, em Salvador, aos 80 anos. O parlamentar lembra que o pastor foi um dos fundadores do Coral Ecumênico da Bahia, ficou conhecido pelo diálogo inter-religioso e por ser um grande defensor da tolerância religiosa, da democracia e da justiça social. Também abraçou a luta contra o racismo. Durante o regime militar, entre 1964-1985, lutou pela democracia e contra a tortura, imposta pelo regime de chumbo aos opositores dos governos ditatoriais da época. Na Igreja Batista Nazareth acolheu pessoas e movimentos da resistência democrática. Pelo seu trabalho, pastor Djalma recebeu, em 2012, o Prêmio de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República na categoria Diversidade Religiosa. A condecoração foi entregue pela presidenta Dilma Rousseff em solenidade no Palácio do Planalto.

“Pastor Djalma Rosa Torres é uma grande referência das lutas humanitárias da Bahia e do Brasil. Sempre atuou contra as desigualdades e foi um grande defensor da democracia e da tolerância religiosa, estabelecendo o diálogo inter-religioso, dando grandes exemplos a toda nossa sociedade”, afirma Robinson Almeida. “Dessa forma, o seu legado, a sua história, o credencia a receber a Comenda Dois de Julho, honraria instituída pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia para homenagear aqueles que contribuam ou tenham contribuído para o desenvolvimento político e administrativo não apenas da Bahia, mas também do Brasil”, destacou o petista.

Natural da cidade de Itagi, no sudoeste baiano, Djalma Torres graduou-se em Teologia e em Ciências Sociais. Também possuía especialização em História e Cultura da África e Afrodescendência, era Mestre em Teologia. Pastoreou as Igrejas Batista da Graça (1970 a 1975) em Recife e Batista de Nazareth (1973 a 2007), em Salvador, onde serviu a igreja e a comunidade por 30 anos como ministro e por muito mais tempo como benemérito. Foi Presidente do Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristão (CEPESC), do Conselho Ecumênico Baiano de Igrejas Cristãs (CEBIC), da Igreja Evangélica Antioquia e da Fraternidade de Igrejas Evangélicas do Brasil. Também desenvolveu trabalhos na região de Canudos, como membro fundador e diretor do Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC). Em 2011 publicou o livro “Caminhos de Pedra”, narrando a sua trajetória de vida e seu engajamento no movimento ecumênico.