Pré-candidato afirma que vencer em Salvador é prioridade do PT e que Bruno Reis colocou a cidade na “segunda divisão”

Deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura de Salvador pelo PT, Robinson Almeida afirmou na última quinta-feira (21), em entrevista ao Programa Fora do Plenário, da rádio Salvador FM, que ganhar as eleições de 2024 na capital é uma prioridade para a sigla.  Durante a entrevista o petista ainda disse que a atual gestão da capital baiana colocou a cidade na “segunda divisão”. 

Questionado pela bancada sobre os rumores de que a prioridade e estratégia da sigla seria ganhar as eleições nas 70 maiores cidades da Bahia, Almeida defendeu a sua candidatura, que foi anunciada pelo diretório municipal do partido no último mês de agosto. 

“O fato de a presidenta nacional do PT vir a uma apresentação de candidatura do PT estadual, referendar a decisão de forma unânime da direção municipal por um candidato, eu acho que afasta qualquer dúvida de que Salvador não é prioridade. Creio que o partido entende que a disputa na capital faz parte do projeto de consolidação do nosso governo, e a capital é um desafio, porque é o núcleo da oposição, e nós temos que apresentar alternativa na cidade”, disse. 

Rebaixamento

Ainda em sua defesa o petista criticou o modelo de gestão do atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), que, segundo ele, transformou a cidade em uma “máquina de arrecadação”, com “impostos elevados”, e que priorizou um modelo de gestão focado, exclusivamente, em “serviços e turismo”, tornando a cidade cara. 

“Na verdade, o grupo que está aí colocou Salvador na segunda divisão, porque nós fomos a principal cidade do hemisfério Sul por causa do Porto, quando foi construída a cidade em 1949. Durante séculos, nós fomos a cidade mais importante do Brasil, que é aqui, a capital. Perdemos essa condição quando fomos para o Rio de Janeiro, e ninguém nunca teve a situação de Salvador não ser a cidade mais importante do Norte/Nordeste, e agora é Fortaleza essa cidade”, analisou. 

O pré-candidato disse, ainda, que o atual modelo de gestão da capital baiana é uma sequência da gestão anterior, que transformou Salvador em uma indústria de arrecadação. 

“Então, esse é o legado de Bruno Reis: colocou Salvador na segunda divisão. A culpa não é só dele, ele teve o apoio decisivo para isso do ex-prefeito ACM Neto. Esse modelo de transformar a economia de Salvador em uma máquina de arrecadação com altas taxas e tributando o cidadão. O IPTU mais caro do Brasil está aqui, uma indústria de multa no Trânsito”, disse.